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Esperança e cura para viúva nigeriana

Conheça história de uma viúva cristã nigeriana que, após perder o marido, teve a vila invadida e atacada por militantes islâmicos. “Deus tem sido meu tudo”, declarou

Na Nigéria, o nome de Rikiya vem do profeta bíblico Jeremias e significa “exaltado pelo Senhor”. Mas, às vezes, essa bênção tem sido difícil de reconhecer. Quando Rikiya tinha dois anos, a mãe morreu, deixando-a órfã. A avó fez o melhor para criá-la. Mas ao chegar a certa idade, casou-se. Durante os primeiros nove anos de casada, ela e o marido tiveram três filhos.. Mas no nono ano, o marido adoeceu e, em pouco tempo, morreu. Ela ficou viúva.

Um mês após o marido falecer, enquanto Rikiya ainda estava de luto, um vizinho entrou em sua casa. “Casas estão sendo incendiadas na vila vizinha”, ele gritou. Apesar de já estar deitada com os filhos, ao ouvir a notícia, pulou, correu para fora e viu a vila vizinha em chamas. Ela sabia que não tinha muito tempo. Os agressores chegariam rápido. Ela correu de volta para dentro, reuniu as crianças e começaram a correr. Cruzaram o terreno rochoso perto da casa, passando as árvores, plantas e a mata.

“O fogo queimou Guyaku e a delegacia de polícia de Tela Bala. Então corremos para a escola primária. Entramos e nos escondemos. Tiros continuavam passando sobre nossas cabeças”, disse Rikiya. Tarde da noite, ela e os filhos foram para outra cidade e encontraram abrigo. “De lá, fomos para Gombi e continuamos para Yola”, disse. A família ficou lá por dois meses antes de ser seguro voltar. Ela perdeu tudo. “Quando voltei, não foi fácil. Eu era uma viúva com três filhos”, disse apertando os olhos para conter as lágrimas.

“Eu estava muito traumatizada. Meu marido tinha partido e o Boko Haram capturado nossa vila. Não tínhamos nada exceto a roupa do corpo.” Ela encontrou alguns pedaços de metal ondulado queimado em meio aos escombros e fez um pequeno abrigo. “Mas vocês vieram me resgatar. No aconselhamento pós-trauma, descobri que meu trauma era como uma ferida que precisava ser curada. A cicatriz sempre estaria lá, mas a ferida ficaria melhor”, disse.

Ajuda financeira

A Portas Abertas também ofereceu um microcrédito para ajudar Rikiya a comprar duas cabras. Cada cabra produz duas crias por estação. Todas as vezes que precisa de ajuda, vende uma das cabras. Às vezes, é para a mensalidade da escola das crianças, outras vezes é para comida, plantação ou roupas. “Vocês são aqueles que trouxeram a esperança e cura de volta para mim. Desde então, Deus tem sido meu pai, meu marido, meu tudo. Tudo isso tem me levado o mais perto de Deus que já estive”, disse.

“Honestamente, se não fosse pelo empréstimo que recebi para comprar essas cabras, não saberia o que fazer. Eu estou curada do meu trauma e sempre direi às pessoas que vocês foram parte disso. Obrigada”, disse Rikiya.

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