O Enem 2020 — cujo segundo dia de provas foi concluído neste domingo (24) — teve uma abstenção total de 55,3%, segundo o INEP, órgão responsável pela prova. Dos mais de 5,5 milhões de inscritos, apenas 2.470.396 de inscritos fizeram o exame.
Segundo o presidente do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), Alexandre Lopes, o índice de abstenção de 55,3% foi superior ao esperado pela instituição. Ele não informou, contudo, qual era o índice esperado.
“Foi mais do que a gente estava esperando, mas eu gosto de olhar o copo meio cheio, 2,5 milhões de pessoas conseguiram fazer o ENEM nesse ambiente de pandemia. Outros países não fizeram”.
Segundo o INEP, o índice de abstenção de 55,3% é preliminar e estão excluídos da conta os alunos do Amazonas, que não fizeram a prova em virtude da situação da pandemia de covid-19 no estado. “Os dados definitivos de presentes e ausentes dependem da apuração do consórcio aplicador e serão informados na divulgação dos resultados”, afirma o INEP.
Ministro afirma que abstenção é compreensível, mas injustificável
Questionado sobre comentário do ministro da Educação, Milton Ribeiro, que disse que a “abstenção é compreensível, mas não é justificável”, Lopes não respondeu diretamente e disse que “a decisão [de fazer a prova ou não] é individual, isso para mim não é relevante”.
Segundo o presidente do INEP, “o que importa de fato para o INEP é assegurar a oportunidade de quem quer fazer o ENEM poder fazer”.
Ministério informa que recurso para reaplicação de provas começa amanhã
O INEP anunciou hoje que os estudantes que desejarem pedir a reaplicação da prova podem fazer o pedido pelo site do INEP a partir de amanhã. Em síntese, a reaplicação caberá para quem não fez a prova por superlotação de salas e por estar com doença infecciosa.
Segundo o presidente do INEP, somados os dois dias de prova, 18.210 pessoas deixaram de fazer a prova alegando estarem com doenças infecciosas.
Amazonas e duas cidades de Rondônia terão prova em fevereiro
O INEP anunciou também que no Estado do Amazonas, atingido fortemente por uma segunda onda da pandemia de covid-19 e por uma nova cepa do vírus SARS-COV-2, de transmissibilidade mais rápida, e nos municípios de Espigão d´Oeste e Rolim de Moura, em Rondônia, cujas autoridades municipais optaram pela reaplicação em virtude do status da pandemia no Estado.
A prova para os estudantes do Amazonas e dessas duas cidades será realizada nos dias 23 e 24 de fevereiro. Segundo Lopes, justamente em virtude da transmissibilidade da nova cepa do vírus da covid-19, o instituto, em parceria com o governo estadual, está “em busca de mais escolas e mais salas de aula para dispersar mais os alunos”.