quinta-feira, abril 18Notícias Importantes
Shadow

Empresários entusiastas da terceira via veem vento favorável em reviravolta de Doria e Moro – UOL

A reviravolta nas candidaturas de João Doria e Sergio Moro nesta quinta-feira (31) confundiu até os empresários mais experientes na análise política. Não há consenso sobre qual foi o saldo do dia nem as previsões para os próximos meses, mas os entusiastas da terceira via tendem a achar que o vento é favorável.

Para Laercio Cosentino, presidente do conselho da Totvs, o fato mais importante foi a diminuição do número de pré-candidatos no campo da terceira via.

Consentino chama a terceira via de “primeira via”, expressão que tem sido usada pelos empresários que mais torcem por um arranjo fora da polarização entre Lula e Bolsonaro.

“Descongestionar esta via vai fortalecê-la, porém, o sucesso virá pela unificação de forças e por um plano de país que promova crescimento, inclusão social, educação, saúde, respeito a recursos e relacionamento global. Sonho? Não, depende de um candidato que se comprometa com isto e que saiba se comunicar e converta este ativo em voto”, diz Cosentino.

O saldo dessa aventura, nas palavras de Horácio Lafer Piva deve ficar mais claro nos próximos dias. “Não tenho dúvidas de que há feridos, mas ainda a serem contados. Alguns movimentos e muitos sentimentos dirão, mas o evento não terá tanto efeito na opção pelo centro democrático pois pouco mudou. Doria continua candidato, e votos de Moro não iriam para Lula ou Bolsonaro”, calcula o empresário.

Pela manhã, um peso-pesado do empresariado mais próximo de Doria ainda dizia acreditar que o tucano faria bem em desistir da campanha e seguir no Palácio dos Bandeirantes até o final do seu mandato para mostrar seus feitos sem sofrer ataques da concorrência bolsonarista, o que poderia até reduzir a rejeição do tucano para, quem sabe, no futuro, recomeçar a trajetória na política.

Esse amigo mais chegado de Doria já vislumbrava alternativas para a carreira do governador paulista fora do Lide, onde seu filho, João Doria Neto se estabeleceu nestes últimos anos.

No campo de Moro, que saiu do Podemos rumo ao União Brasil, representantes do empresariado paranaense resistem à ideia de ver o ex-juiz como candidato a outro cargo que não seja a Presidência.

Um dos maiores defensores da candidatura de Moro, Fabio Aguayo, da CNTur, diz que a troca de partido visa melhorar o posicionamento na corrida.

Joana Cunha com Andressa Motter e Ana Paula Branco

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

× Como posso te ajudar?