sexta-feira, março 29Notícias Importantes
Shadow

Doria obriga que leitos de covid sejam mantidos e impõe restrições às cirurgias eletivas

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nesta quinta-feira (19) o secretário de saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, anunciou que  o governo de João Doria irá publicar um decreto na próxima semana onde determina que os hospitais mantenham os leitos para os pacientes de covid-19 nas UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e enfermaria. Ele ainda informou que o tucano também irá impor a  não realização de cirurgias eletivas para garantir os leitos de casos supeitos de covid-19.

“Redobramos a atenção e a cautela frente à instabilidade dos números. Mas não tivemos uma visão muito clara e embasada, por isso, decidimos não fazer a recalibragem do Plano São Paulo, determinar aos hospitais que não desmobilizem leitos destinados à pacientes com covid-19 e não marcando cirurgias eletivas”, revelou o secretário. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

As equipes de fiscalização de São Paulo, segundo Gorinchteyn, avaliaram um aumento de aglomerações fora dos estabelecimentos comerciais. “Com a chegada dos fiscais muitas aglomerações se dispersam. Além disso, temos que nos lembrar que as aglomerações ocorrem em festas dentro de casa, transmitindo o vírus para mais pessoas. Nesse momento, os dados não sustentam qualquer mudança no Plano São Paulo.”

Atualmente, o governo de SP ainda não tem pretensão de decretar o lockdown ou a reativação dos hospitais de campanhas, montados no primeiro semestre do ano para atender pacientes do vírus chinês

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Em relação a nossa dificuldade de compreender os números de uma forma tão clara é que na 45ª semana tivemos uma semana com feriado, que teve uma redução porque os órgãos fomentadores de dados não trabalham no domingo e na segunda. Porém, esses dados passaram a ter problemas na sua inserção. Quando eles poderiam ser disponibilizados, entre a 45 e 46 semanas, fomos surpreendidos com um problema técnico”, detalhou.

Na análise de Gorinchteyn, mesmo com o crescimento de casos durante esta semana, o governo declarou não saber distinguir se isso ocorreu de forma decorrente dos dados represados ou se de fato teve um aumento real. “Quando observamos o número de internações, eles tendem a uma elevação de 8% entre a 46ª e a 47ª semana em relação a 45ª”, disse. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Já os dados sobre internações não sofrem infuência da plataforma do Ministério da Saúde. Dessa maneira, quando olhamos de forma setorizada para os hospitais públicos observamos um aumento entre 12% e 14%, na rede privada, 25%, principalmente nos hospitais que tinham leitos para pacientes de outros estados”, declarou o secretário. 

De acordo com os dados mais recentes liberados pelo Ministério da Saúde, o estado tem, 1.191.290 casos de covid-19 e 41.074 óbitos.

João Gabbardo, secretário executivo do Centro de Contingência do Covid-19, informou que somente na última semana, teve um “pequeno recrudescimento” na pandemia. “Existem indícios de aumento no número de óbitos e casos. É difícil avaliarmos por conta dos dados. Mas, nenhuma região do estado seria reclassificada no Plano São Paulo para a faixa vermelha”,explicou.

Segundo Gabbardo,  as medidas tomadas pelo governo do tucano tem relação com a volta das avaliações de 14 em 14 dias e não de 28 em 28 e a não desmobilização de leitos destinados a pacientes com covid-19. “Tudo isso não resolve se as pessoas não se derem conta desse papel nesse processo. A maior possibilidade de transmissão, que nos preocupa, é o retorno da população jovens a bares, restaurantes e festas”, afirmou. 

“Não seguir avançando com a retomada é uma grande medida restritiva. Estamos abaixo do limite de internações e mortes por covid-19. Houve uma variação para cima na curva, mas foi uma variação pequena”, declarou Patrícia Ellen, secretária do Desenvolvimento Econômico. “Não é o momento de festas, nem de celebrações em bares.”

Na visão do coordenador do Comitê do Centro de Contingência da Covid-19, José Medina,  a campanha eleitoral em todo o país deve ter sido o fator que ajudou a disseminação do vírus. 

Já o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, anunciou a chegada das 120 mil doses da vacina chinesa, produzidas em parceria com o laboratório chinês, Sinovac. “As vacinas representam o início do processo que culminará com 46 milhões e podemos, com o apoio do Ministério da Saúde, chegar a 100 milhões em maio. O fato de ser a primeira em continente americano é um enorme avanço”, disse. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

× Como posso te ajudar?