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‘Doleiro dos doleiros’ relatou em delação entrega de dólares à família Marinho, diz revista – Folha de S.Paulo

O doleiro Dario Messer, conhecido como “doleiro dos doleiros” em razão do seu protagonismo na atividade, afirmou em delação premiada que entregou dólares à família Marinho, dona do Grupo Globo.

Segundo reportagem da revista Veja publicada na noite desta sexta-feira (14), Messer disse, em depoimento no dia 24 de junho, que realizou repasses de dólares em espécie para os Marinho em várias ocasiões a partir dos anos 1990.

A entrega, de acordo com o depoimento do doleiro, ocorria na sede da TV Globo, no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro. Messer não apresentou evidências que corroborassem suas afirmações.

Em nota, a família Marinho negou as acusações de Messer e ressaltou que o doleiro não apresentou provas.

“A respeito de notícias divulgadas sobre a delação de Dario Messer, vimos esclarecer que Roberto Irineu Marinho e João Roberto Marinho não têm nem nunca tiveram contas não declaradas às autoridades brasileiras no exterior. Da mesma maneira, nunca realizaram operações de câmbio não declaradas às autoridades brasileiras”, afirma a nota dos Marinho.

Em seu depoimento, segundo a Veja, Messer disse que um funcionário de sua equipe entregava de duas a três vezes por mês quantias entre US$ 50 mil e US$ 300 mil.

Apesar de afirmar, segundo a revista, que nunca teve contato direto com os Marinho, Messer relatou no depoimento que os destinatários do dinheiro seriam os irmãos Roberto Irineu e João Roberto Marinho.

Ao compartilhar a notícia em uma rede social, o presidente Jair Bolsonaro afirmou: “30 anos = 360 meses 3 X por mês = 1080 vezes 1080 x U$ 300 mil U$ 324.000.000,00 U$ 1,00 = R$ 5,42 R$ 1,75 bilhão… é o valor que pode ter sido repassado, em dinheiro vivo à família Marinho da Globo, segundo o doleiro Dario Messer”.

Homologada na última quarta-feira (12), a delação de Messer tem mais valor pela fixação de uma pena e pela devolução de bens do que pelas novas informações prestadas, afirmou o procurador regional José Antônio Vagos, um dos responsáveis pelo acordo.

A colaboração prevê que o doleiro entregue R$ 1 bilhão aos cofres públicos e cumpra 18 anos e 9 meses de pena, dos quais cerca de três anos em regime fechado. Atualmente, Messer está em prisão domiciliar deferida pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça).

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