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Distúrbios na Tunísia têm 650 pessoas detidas

De acordo com a agência espanhola EFE, cinco menores foram detidos na localidade de Sidi el Bechir, na periferia de Tunes, quando pretendiam assaltar um dos centros comerciais da zona, enquanto vários outros foram levados para o deparamento de polícia nos bairros populares de Saida el Ouardia, Bab el Jedid e Manouba.

Ainda foram registrados incidentes de vandalismo nas localidades costeiras de Bizerta, Nabeul, Sousse, Monastir, Mahdia e Kebili, e em cidades do interior como Beja, Kairouan.

As cidades de Siliana e Kasserine tiveram tumultos mais violentos. Os manifestantes ergueram barricadas com pneus em chamas e a polícia recorreu a gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes, que enfrentaram os agentes com pedras.

Embora os protestos contra a precariedade e a gestão do Governo ocorram há semanas num contexto de constrição política, os primeiros incidentes violentos ocorreram na quinta-feira (14), quando se assinalaram os 10 anos da fuga do ditador Zinedine El Abidine Ben Ali, durante a revolução na Tunísia que fez surgir a Primavera Árabe.

No mesmo dia iniciou-se um confinamento de quatro dias para diminuir os contágios pelo novo coronavírus, cujos casos têm aumentado de forma exponencial, desde que a Tunísia reabriu as fronteiras no final de junho do ano passado.

Segundo dados das autoridades de saúde tunisiana, na última quinta-feira o número de infectados foi superior a 4.100, ou seja, quatro vezes mais que os registrados em todo o país.

O confinamento de quatro dias, coincidindo com um longo fim de semana e as sempre agitadas celebrações do triunfo da revolução, foi amplamente criticado por especialistas de saúde, que alertaram que não era suficiente para conter os contágios e sugeriram que a decisão podia ter por trás razões políticas e de segurança.

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