A esquerda portuguesa está alvoroçada com a expressiva votação que recebeu André Ventura, membro do Chega, partido com espectro político mais à direita no país.
Assim como o Brasil em 2016, Portugal parece se encaminhar para à direita, provavelmente porque o povo se vê cansado das mazelas dos governos anteriores, todos de partidos socialistas. A corrupção, o aumento de número de mortos devido à pandemia e a falta de apoios aos pagadores de impostos contra as inúmeras benesses concedidas aos que nada contribuem parece direcionar o país a um ponto sem retorno: o Chega!
André Ventura não venceu as eleições presidenciais de ontem, mas saiu-se vitorioso, posto que começa a colher os frutos de um trabalho árduo contra o sistema de governo vigente há décadas no país.
Em declarações, após o anúncio oficial dos resultados das eleições, Ventura afirmou que “Pela primeira vez um partido declaradamente anti-sistema rompeu o espectro da direita tradicional com cerca de meio milhão de votos”, frisou, ainda, que “conseguiu furar o bloqueio habitual em Portugal” e “Esmagámos a extrema-esquerda em Portugal”. Contudo, admite que falhou no seu objetivo de ficar à frente de Ana Gomes (Partido Socialista) no pleito, razão pela qual, abdicou da liderança de seu partido.
Em sua conta no Twitter, Ventura postou: “Foi uma campanha dura mas fiquei com a sensação de dever cumprido. Dei o meu melhor por Portugal! Agora é convosco! Obrigado por não me deixarem caminhar sozinho!”
André Ventura obteve mais votos que as candidaturas de PCP, Bloco de Esquerda e Iniciativa Liberal juntos, e, afirmou que “não há segundas vias” depois da eleição de hoje […] Não haverá governo em Portugal sem nós”. Ao que tudo indica, André está correto.
Os amigos do o outro lado do Atlântico torcem para que logo a direita também governe Portugal.
Parabéns, André!