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Após um mês, Amapá ainda conta os prejuízos do apagão

Segundo pesquisa, 53% dos comerciantes precisarão solicitar crédito e 24% terão de demitir para que o negócio continue funcionando

Macapá

Fortaleza de São José de Macapá (AP) | Foto: Max Rene/Prefeitura de Macapá

O diretor de Relações Públicas e Comunicações da Associação Comercial e Industrial do Amapá (Acia), Ivo Cannuty, ainda não sabe precisar os prejuízos causados pelo apagão no Amapá.

O Estado ficou 22 dias com fornecimento de energia intermitente por causa de um incêndio que atingiu um transformador em 3 de novembro. As autoridades informam que a energia está 100% restabelecida desde o último dia 24.

Leia mais: “Apagão no Amapá: um Estado sem ‘força’”

De acordo com pesquisa do Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), 53% dos comerciantes precisarão solicitar crédito e 24% disseram que terão de demitir para que o negócio continue funcionando.

“Não foi um problema pontual de um segmento; o apagão gerou transtornos para toda a sociedade, do empresário ao vendedor”, garante Cannuty.

O diretor de Relações Públicas e Comunicações da Acia afirma, no entanto, que o setor de prestação de serviços foi o mais afetado.

O governo do Amapá, juntamente com Sebrae, Banco do Brasil, Banco da Amazônia e Caixa, lançou na quarta-feira 2 um programa de apoio aos empresários.

Inicialmente, o Estado disponibilizou R$ 15 milhões por meio da Agência de Fomento do Amapá e firmou as parcerias para ofertar linhas de crédito aos empreendedores.

Os dias mais críticos

Ivo Cannuty conta que, no início, o Estado chegou a ficar três dias no escuro. Os supermercados tiveram de doar alimentos perecíveis para não descartar os produtos.

“Me parece que o psicológico de quem está em uma guerra é muito parecido com isso que vivemos aqui. As pessoas ficaram em um estado de nervos fora do comum”, afirma o diretor da Acia.

Um garrafão de água, que costuma ser vendido a R$ 6, passou a ser comercializado por R$ 30. Segundo ele, até hoje o Estado enfrenta desabastecimento de alguns produtos, como vela branca, que foi muito usada como alternativa à energia elétrica.

Cannuty gravou um vídeo para Oeste detalhando a situação. Acompanhe.

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