O Ministro da Secretaria de Governo, o general Luiz Eduardo Ramos usou as redes sociais na tarde deste domingo, 25, para reforçar o acordo de paz com o ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente. Mais cedo, Salles informou que conversou e pediu desculpas “pelo excesso” a Ramos. “Uma boa conversa apazigua as diferenças. Intrigas não resolvem nada”. comentou o general, mais um militar atacado no governo Bolsonaro em menos de uma semana.
Nos últimos dias, um conflito político entre os dois ministros veio a público depois que Salles se referiu à postura de Ramos como “Maria fofoca”. O contexto do impasse entre Ramos e Salles envolve uma suposta articulação do ministro palaciano para tirar Salles do governo, além de reduções no orçamento do Meio Ambiente.
Na sexta-feira, 23, os dois ministros já haviam combinado de conversar e acertar as diferenças. Ramos chegou a dizer durante passeio de moto com o presidente Bolsonaro que não tinha “briga nenhuma” com Salles. Desde sábado, o chefe do Meio Ambiente também dava a situação como “assunto encerrado”.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também tomou partido na briga ao criticar Salles. “O ministro Ricardo Salles, não satisfeito em destruir o meio ambiente do Brasil, agora resolveu destruir o próprio governo”, escreveu Maia ontem nas redes sociais.
Enquanto Ramos tem o apoio da ala militar, dos líderes do governo, membros do Centrão, além dos chefes do Parlamento, Salles tem ao seu lado a ala ideológica do governo e parlamentares da base conservadora que apoiam Bolsonaro. O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, também é um dos que está no time de Salles. Eduardo citou uma série de medidas provisórias que caducaram para, indiretamente, criticar Maia. “Tem gente que é expert em tentar destruir o governo”, escreveu listando as propostas.
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