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Algumas questões sobre o Sermão da Montanha

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É comum à teologia introduzir o tema ‘ética’ e ‘moral’ ao analisar a mensagem de Cristo, principalmente quando se procura destacar a necessidade de um bom comportamento do cristão em sociedade, mas essa não é a essência ado evangelho.


Algumas questões sobre o Sermão da Montanha

Conteúdo do artigo

Devido alguns apontamentos no Portal Estudo Bíblico, alguns cristãos tem entrado em contado e feito perguntas acerca do Sermão do Monte e das beatitudes anunciadas por Jesus Cristo.

As perguntas decorrem da primeira lição que consta na Revista Lições Bíblicas CPAD, Jovens e Adultos, do 2º Trimestre de 2022, Os valores do Reino de Deus — A relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo, tendo como comentarista o Pr. Osiel Gomes, com o título: O Sermão do Monte: o caráter do Reino de Deus.

A composição do Sermão de Jesus

Por que Sermão do Monte ou Sermão da Montanha? O título que se dá a exposição que Jesus se deve ao fato dele ter se assentado em uma montanha enquanto discursava para uma grande multidão. É possível precisar geograficamente qual o monte que Jesus fez o seu discurso? Não! Especula-se que o monte ficava próximo à cidade de Cafarnaum, mas qualquer tentativa de saber a exata localização não ultrapassa as fronteiras da especulação.

É comum os teólogos subdividirem o discurso de Jesus em várias partes, como se ele tivesse feios vários sermões menores, porém, o discurso é único com introdução, desenvolvimento e conclusão.

Se o interprete considerar que o sermão são vários sermões, a leitura ficará comprometida e a interpretação deplorável. A conclusão do discurso através das parábolas da porta estreita e das duas casas edificadas, uma sobre a rocha e a outra na área, depende da abordagem inicial das beatitudes, a censura dos escribas e fariseus, bem como da multidão que seguia os seus ensinamentos, e as questões decorrentes de só tentarem cumprir o estipulado na lei.

Jesus não apregoou no sermão a necessidade de uma revolução social e econômica ou que abandonassem os seus costumes e modo de vida dos seus ouvintes. Qualquer leitura que tente estabelecer uma narrativa de melhoria socioeconômica ou pressupostos morais e éticos com base no Sermão do Monte está equivocado.

A proposta do Sermão do Monte era operar uma mudança na concepção dos ouvintes de Jesus, na sua grande parte religiosos seguidores do judaísmo. Além da multidão, o evangelista Mateus destaca os discípulos. Não podemos pensar que os discípulos se resumiam em doze pessoas, e sim, em um número maior de seguidores, mas que a concepção deles ainda não havia mudado.

Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos;” (João 8:31).

O objetivo do Sermão era proporcionar o arrependimento, a mudança de pensamento descrita através do termo grego ‘metanoia’, e que Jesus apregoava após João Batista ser preso.

“Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.” (Mateus 4:17).

Os ouvintes de Jesus acreditavam que eram bem-aventurados por serem descendentes de Abraão, e a premissa do Sermão era demonstrar que estavam equivocados, visto que só é possível alcançar a bem-aventurança através do descendente prometido a Abraão: Jesus Cristo.

O motivo do arrependimento era a chegada do reino dos céus, Cristo em meio aos homens, mas geralmente mudam o motivo para questões morais e comportamentais. Observe que o arrependimento era exigido de um povo religioso, portanto, com um padrão comportamental acima da média dos outros povos.

João Batista veio apregoando a mudança de concepção apontando Cristo como o enviado de Deus que tira o pecado do mundo, pois o ministério dele era preparar o coração (mente) do povo de Israel para a vinda do Messias (Malaquias 4:5-6). O arrependimento não era em função de comportamentos erráticos, decorrente de falta de caráter, falta de moral, falta de ética, etc., mas em função da chegada do reino dos céus – Cristo.

A quem se destina o Sermão do Monte? Essa pergunta tem que ser respondida visualizando o público estava diante de Jesus: os seus muitos discípulos e uma grande multidão das cidades circunvizinhas.

“E JESUS, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos;” (Mateus 5:1).

O Sermão do Monte é destinado para o crente nascido de novo? Como público alvo do sermão não, pois o crente é alguém que já nasceu de novo porque justamente creu em Cristo, o que significa que a mudança de entendimento (metanoia) ocorreu de fato.

Para os membros da igreja de Cristo, o Sermão do Monte serve de material de estudo para compreender o quão difícil é os seguidores do judaísmo mudarem a concepção por se entenderem justos, e que, portanto, não precisam de arrependimento.

“Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.” (Lucas 15:7).

Os ensinos do Sermão do Monte não são princípios que nortearão o seu reino messiânico. No reino messiânico haverá abundância de paz, pois ele regerá as nações com vara de ferro assentado no trono de Davi seu pai.

“Nos seus dias florescerá o justo, e abundância de paz haverá enquanto durar a lua.”  (Salmos 72:7).

O que são as beatitudes?

A expressão “bem-aventurados” é tradução de um adjetivo plural grego, makarioi, que significa “felizes”, “ditosos”, “venturosos”.

Ao utilizar a expressão, Jesus não estava se referindo a qualidades ou virtudes morais e éticas daqueles que dependem de Deus. O uso da expressão remete ao anunciado pelos profetas nas Escrituras, em especial, a promessa que Deus fez a Abraão:

“… e em ti serão benditas todas as famílias da terra.” (Gênesis 12:3).

Qualquer leitura das beatitudes que desconsidere a promessa feita a Abraão e o anunciado pelos profetas resta equivocada, pois a bem-aventurança prometida por Deus a todas as nações se concretiza em Cristo, o descendente de Abraão (Mateus 1:1).

A bem-aventurança refere-se especificamente a salvação em Cristo, pois essa é a promessa de Deus em Cristo (1 João 2:25). Qualquer que crê que Jesus é o Filho de Deus conforme o testemunho das Escrituras é bem-aventurado, pois ao crer no evangelho se fez servo de Deus, portanto:

  • É um pobre de espirito, portanto, digno de Cristo (Tiago 2:5);
  • é triste, porém, consolado (2 Coríntios 1:5; 2 Tessalonicenses 2:16);
  • ao se fazer servo crendo, tomou sobre si o jugo de Cristo, ou seja, aprendeu de Cristo e se tornou manso e humilde de coração (Mateus 11:29);
  • por ser carente da justiça de Deus, ao crer, alcançou a justiça de Deus assim como o crente Abraão (Romanos 3:22);
  • ao crer, amou a Cristo obedecendo ao mandamento do evangelho, por isso, alcançou misericórdia (Deuteronômio 5:10; João 14:21);
  • é puro de coração, pois ao crer em Cristo é lavado com água limpa, a palavra de Cristo (João 15:3);
  • ao crer se ornou um dos filhos de Deus, e o fruto dos seus lábios são plenos de paz, pois confessa o nome de Cristo, portanto, um pacificador (Hebreus 13:15);

Tanto os sofrimentos de Cristo como as bem-aventuranças que seriam concedidas os homens foram anunciadas pelos profetas, e Jesus fez alusão as beatitudes utilizando figuras, parábolas e a linguagem dos profetas.

“Indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir.” (1 Pedro 1:11).

O reino de Deus é Cristo! Jesus afirmou ser Ele o reino de Deus:

“E, interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o reino de Deus, respondeu-lhes, e disse: O reino de Deus não vem com aparência exterior. Nem dirão: Ei-lo aqui, ou: Ei-lo ali; porque eis que o reino de Deus está entre vós.” (Lucas 17:20-21).

“Em verdade vos digo que, qualquer que não receber o reino de Deus como menino, não entrará nele.”  (Lucas 18:17).

Os judeus e muitos discípulos estavam aguardando um reino terreno quando Cristo esteve no mundo, tanto que antes da ascensão de Cristo aos céus, ainda questionavam acerca de quando seria implantado o reino de Israel (Atos 1:6).

Conforme a profecia de Natã ao rei Davi, o reino de Israel só será implementado após o descendente de Davi, Cristo, terminar de edificar um templo a Deus, e esse templo está sendo edificado, não por mãos humanas, e somente quando ele estiver pronto, que é a igreja de Cristo, o pai estabelecerá o reino a Israel.

“E há de ser que, quando forem cumpridos os teus dias, para ires a teus pais, suscitarei a tua descendência depois de ti, um dos teus filhos, e estabelecerei o seu reino. Este me edificará casa; e eu confirmarei o seu trono para sempre.” (1 Crônicas 17:11-12).

A igreja é a casa que Cristo está edificando a Deus, e somente após a conclusão dessa obra, se estabelecerá o trono de Cristo. O mais importante era as pessoas aceitarem o grande rei, mas rejeitaram-no, pois, sem rei não há trono, e sem trono não há reino.

“Bendito o reino do nosso pai Davi, que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas.” (Marcos 11:10).

Ao edificar a igreja, que é o seu corpo, Cristo não veio atrás de súditos para o reino de Deus, pois os súditos do reino terreno serão os remanescentes de Israel que serão salvos.

Cristo veio ao mundo em busca de pedras vivas para compor o seu santo templo, que são homens de todas as nações e línguas que creem em Cristo (1 Pedro 2:5). Jesus constitui os seus seguidores casa espiritual e sacerdócio santo.

“Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.” (1 Pedro 2:5).

O erro de interpretação está em entender um dos aspectos da beatitude, que é ter direito ao reino dos céus, como se Cristo estivesse em busca de súditos para o seu reino. Na verdade, Jesus estava em busca de seguidores dispostos a sofrerem por causa do evangelho, pois esses seguidores teriam direito ao reino dos céus (Mateus 5:10).

Quem sofre perseguição por causa do evangelho é porque anuncia Cristo como o Filho de Deus ao mundo, portanto, é alguém que nasceu de novo (João 3:3). As beatitudes não destacam qualidades do crente, e sim, a condição deles diante de Deus após o novo nascimento: justos e santos (Colossenses 1:22).

A beatitude na vida dos salvos

Quem entende que a beatitude dos salvos diz de uma vida permanente de perfeita satisfação e plenitude, em um estado de felicidade e serenidade, está redondamente enganado, pois o próprio Senhor Jesus disse:

“Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” (João 16:33).

Jesus não escondeu de seus discípulos os eventos que O levaria à crucificação, precisamente para que eles tivessem paz. Embora os discípulos fossem dispersos e Cristo crucificado, os discípulos precisavam saber que o Pai estava com Ele, o que resultaria em paz. Em nenhum momento Cristo foi abandonado pelo Pai enquanto esteve na cruz (João 16:32; Salmo 22:1 e 24; Salmo 91:15).

Para que se tenhamos paz em Cristo, mesmo diante das desventuras da vida, é dito: no mundo tereis aflições! Se um crente em Cristo é perseguido no mundo, isto não significa que ele não seja filho de Deus, e sim, que é necessário padecer por causa da justiça (1 Pedro 3:14).

Com relação ao comportamento, esses devem ser os princípios que norteiam a conduta do cristão em sociedade:

“E, finalmente, sede todos de um mesmo sentimento, compassivos, amando os irmãos, entranhavelmente misericordiosos e afáveis. Não tornando mal por mal, ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo; sabendo que para isto fostes chamados, para que por herança alcanceis a bênção.” (1 Pedro 3:8-9).

Embora a intenção do cristão deva ser se portar de modo honesto em tudo, também precisa compreender que não é esta questão que o torna salvo ou digno da bem-aventurança.

“Orai por nós, porque confiamos que temos boa consciência, como aqueles que em tudo querem portar-se honestamente.” (Hebreus 13:18)

O cristão precisa saber que é suscetível a muitos tropeços, e cometer deslizes comportamentais pode ocorrer com qualquer cristão. Todos cristãos são passiveis de errar como filho, amigo, pai, cônjuge, patrão, empregado, pastor, cidadão, etc., mas não pode se dar ao luxo de tropeçar na palavra da verdade, ou seja, no evangelho.

“Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal é perfeito, e poderoso para também refrear todo o corpo.” (Tiago 3:2).

Todos cristãos estão aptos ao reino dos céus, pois são tidos por idôneos para participar a herança dos santos (Colossenses 1:12). Mas, apesar de idôneo para herança, cada cristão deve se transformar pela renovação do entendimento, pois apesar de a regeneração ser instantânea para o que crê que Jesus é o Cristo, o comportamento do crente deve ser ajustado à medida que se renova a compreensão.

“E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:2).

A base do reino de Deus não está na ética ou na moral humana, e sim, no poder de Deus, pois só através do0 evangelho é possível alguém ser gerado em Cristo (1 Coríntios 4:15).

“Porque o reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder.” (1 Coríntios 4:20).

É comum à teologia introduzir o tema ‘ética’ e ‘moral’ ao analisar a mensagem de Cristo, principalmente quando se procura destacar a necessidade de um bom comportamento do cristão em sociedade, mas essa não é a essência ado evangelho.

Pensamentos como o de Champlin, de que “A ética também faz parte essencial da fé religiosa”[1] é pensamento filosófico[2], e não o ensino das Escrituras, a ponto de teólogos afirmarem que a salvação é ‘transação ética’[3].

Quando o evangelho foi anunciado a Abraão, na célebre promessa: “… e em ti serão benditas todas as famílias da terra.” (Gênesis 12:3), verifica-se à época a humanidade já precisava de salvação, sendo que os conceitos entorno da moralidade e da ética nem existiam, o que começou a ser delineado pelos filósofos gregos[4] muito tempo depois, mas que teólogos hoje tendem agregar ao evangelho de Cristo.

O propósito do sermão do monte era tornar os ouvintes de Cristo perfeitos como o Pai celestial.

“Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.” (Mateus 5:48).

Essa perfeição[5] não é ética e nem moral, antes é a condição de todos que estão em Cristo: santos, irrepreensíveis e inculpáveis (Filipenses 2:15; Colossenses 1:22; Romanos 8:1). A perfeição do crente não é de ordem moral ou ética, antes é uma perfeição intrínseca a natureza herdada no novo nascimento. É uma perfeição funcional, pois à época, entre os gregos, uma coisa era perfeita quando se realiza plenamente o propósito para o qual foi planejado, projetado e feito.

“O discípulo não é superior a seu mestre, mas todo o que for perfeito será como o seu mestre.” (Lucas 6:40).

“E estais perfeitos nele, que é a cabeça de todo o principado e potestade;” (Colossenses 2:10);

“Por isso todos quantos já somos perfeitos, sintamos isto mesmo; e, se sentis alguma coisa de outra maneira, também Deus vo-lo revelará.” (Filipenses 3:15).

Para saber mais:

[1] Champlin, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, vol. 1, Ed. Hagnus, 11ª Edição, 2013, pág. 554.

[2]“14. A Devoção de Platão – Estamos informados de que a devoção religiosa de Platão era grande, assim ele pode ser descrito como o Jeremias ou o Isaías grego. 15. Dualismo – Platão montou o alicerce do dualismo cristão, fazendo do homem um cidadão de dois mundos. Hegel falou: «Platão ensinou quão perto Deus é, e como a razão humana é verdadeiramente unida com ele».” Champlin, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, vol. 1, Ed. Hagnus, 11ª Edição, 2013.

[3] “Por meio do pecado, o homem se tornou o recipiente de uma natureza depravada; e a expressão inevitável da mesma, é a depravação do caráter e conduta”. Bancroft, E. H., Teologia Elementar, EBR, 2001, pág. 226; “Visto que o espírito do homem é o centro de seu ser ético e, uma vez que a salvação é, principalmente, transação ética, segue-se que o homem precisa ser espiritualmente despertado…” – Keyser (Citação de E. H. Bancroft, Teologia Elementar, EBR, 2001, pág 227).

[4] “A ideia de que moralidade e ética podiam ser codificadas era recente, mesmo nos dias de Aristóteles, e resultava menos de um impulso para prescrever ou, pregar, do que da incessante indagação de questões e proposição de soluções, que caracterizavam o início da filosofia grega”. MCLEISH, K. Aristóteles: a Poética de Aristóteles, tradução de Raul Fiker, São Paulo, UNESP, 2000, pág. 13.

[5] “A ideia grega de perfeição é funcional. Uma coisa é perfeita quando se realiza plenamente o propósito para o qual foi planejado, projetado e feito. Na verdade, esse significado está envolvido na derivação da palavra. O adjetivo teleios é formado a partir do substantivo telos. Telos significa um fim, um propósito, um objetivo, uma meta. Uma coisa é teleios, se realiza a finalidade para a qual foi planejado, um homem é perfeito se ele percebe o propósito para o qual foi criado, e enviado ao mundo. Tomemos uma analogia muito simples. Suponha que na minha casa há um parafuso solto, e eu quero apertar e ajustar esse parafuso. Eu saio para comprar uma chave de fenda. Acho a chave de fenda que se encaixa exatamente no aperto da minha mão, não é nem muito grande nem muito pequena, muito áspero, nem muito suave. Eu coloco a chave de fenda na ranhura do parafuso, e eu vejo que se encaixa exatamente. Eu, então, giro o parafuso e o parafuso é fixado. No sentido grego, e, especialmente, no sentido do Novo Testamento, a chave de fenda é teleios, porque cumpriu exatamente a finalidade para a qual eu desejava e a comprei. Assim, então, um homem será teleios se ele cumpre a finalidade para qual ele foi criado. Com que finalidade foi criado o homem? A Bíblia não nos deixa em dúvida quanto a isso. Na história da criação das Eras, encontramos Deus dizendo. “Façamos o homem à nossa imagem conforme a nossa semelhança” (Gênesis 1:26). O homem foi criado para ser semelhante a Deus. A característica de Deus é esta benevolência universal, este agir invicto, esta constante busca do bem supremo de cada homem. A grande característica de Deus é o amor ao santo e ao pecador igualmente. Não importa o que os homens fazem a Ele, Deus procura nada, a não ser o bem mais elevado deles”. (Barclay, W: O Estudo Diário da Bíblia Series, Rev. ed Filadélfia:. A imprensa de Westminster ou Logos

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