Mesmo com tratamento, ainda haverá resíduos de trítio, elemento presente no hidrogênio, no que for despejado. Outra solução seria evaporar o que foi armazenado
O Japão deve decidir em breve o que fará com as águas residuais radioativas que armazenou do acidente com a usina nuclear de Fukushima, em 2011.
Ainda que tenha sido tratada, a água ainda é radioativa e está armazenada em tanques na usina Fukushima Daiichi, da Tepco. O problema é que os tanques ficarão sem espaço em outubro de 2022 e os preparativos para liberar esse tipo de material pode levar até dois anos.
As negociações com empresas e governos locais já ocorrem desde abril.
Mesmo tendo sido filtrada, a água armazenada ainda contém trítio, um elemento presente nas águas liberadas por usinas nucleares de todo o mundo após o processo de produção de energia.
Contudo, no caso japonês, o líquido também passou por um reator contaminado, o que pode piorar ainda mais a situação da indústria pesqueira local, já seriamente afetada depois do acidente.
As duas cidades, Futaba e Okuba, onde está instalada Fukushima Daiichi esperam ansiosamente pela resolução do problema. Isso porque, enquanto a água não deixar os tanques da usina, as comunidades dali não podem ser reconstruídas, nenhum ex-residente pode voltar a viver no local.
A outra solução possível seria evaporar todo a água residual.
A resolução deve sair ainda este mês, mas seja ela qual for, o preço pago pelos japoneses por sua falta de cuidado com o meio ambiente na construção da usina nuclear se mostrou alto demais.
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