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Afeganistão, missões e a crise atual

No último domingo, dia 15 de agosto de 2021, o mundo assistiu algo que parecia inacreditável: a volta do Talibã ao poder no Afeganistão. Esse fato ocorre após 20 anos da expulsão desse grupo extremista do governo afegão, realizada pelos militares americanos em resposta ao 11 de setembro de 2001.

Os combatentes do Talibã divulgaram a notícia da tomada do palácio presidencial, após a fuga do presidente eleito democraticamente, Ashraf Ghani. Com a retirada das tropas americanas do país, o grupo teve êxito em conquistar praticamente todo o território afegão. O arsenal militar doado pelos EUA para o combate ao terrorismo agora pode estar nas mãos do grupo radical islâmico.

A dor que todo esse processo tem causado na população é desesperadora. Muitos haviam se refugiado em Cabul nos últimos dias, conforme o Talibã foi tomando conta do resto do país. A cidade teve cenas de pânico com a chegada do grupo fundamentalista.

Além do caos ocorrido no aeroporto de Cabul, com pessoas na pista de pouso e decolagem de aviões literalmente se “agarrando” à última esperança de fugir desse regime opressor, as rodovias ao redor da cidade ficaram congestionadas, com centenas de afegãos tentando chegar à fronteira.

O motivo de tanta agonia por parte da população local é que o retorno do Talibã ao poder traz consequências para o presente e para o futuro. As pessoas que mais sofrem nas áreas controladas por esse grupo radical são as mulheres e meninas, por sofrerem imposições severas e serem impedidas de participar da vida em sociedade, além de qualquer pessoa que confesse outra fé que não seja o islamismo.

Existem testemunhas que afirmam a obrigatoriedade da entrega de meninas e mulheres solteiras para se tornarem esposas de combatentes em áreas ocupadas pelo Talibã. Mulheres também são forçadas a usar burcas – veste que cobre todo o corpo, e apresenta uma estreita tela, à altura dos olhos, através da qual se pode ver –, impedidas de frequentar escolas, trabalhar e têm acesso à saúde muito restrito. Nos últimos 20 anos, as mulheres voltaram a ocupar cargos na vida pública, chegando a constituir um quarto do Parlamento, mas a perspectiva agora é de muito retrocesso.

O grupo afirma que qualquer educação deve ser feita de acordo com sua interpretação estrita da lei islâmica. É uma das fontes de preocupação, principalmente para missionários que se encontram no Afeganistão. A mudança será drástica para irmãos que têm dedicados suas vidas para fazer discípulos de Jesus ali, ensinando sobre os princípios bíblicos.

Nesse momento, a Igreja de Cristo Jesus pode se unir em oração e participar da dor e lamento dessa nação que chora. A certeza que fica é que o Evangelho seguirá sendo pregado nessa nação, por homens e mulheres dispostos, mesmo que a partir de agora seja cada vez mais desafiador. O Afeganistão é do Senhor Jesus!

Vamos orar por esses pedidos?

  • Ore por resolução da crise humanitária que começa a se instaurar no país;
  • Ore por paz no Afeganistão;
  • Ore pelos convertidos ao Senhor, para que tenham perseverança e não neguem a fé;
  • Ore por corações que recebam ao Senhor, mesmo em meio a todo esse caos;
  • Ore pelos missionários que estão vivendo esse momento dentro do país com sua família, e por aqueles que precisaram se retirar;
  • Ore pelas meninas, meninos que terão o seu futuro interrompido devido aos abusos que serão submetidos. “Deus tem o Seu caminho na tormenta” (Naum 1.2,3).

Autor: Redação Radar

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