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A Justificação pela fé – livres da culpa ~ Cantinho dos Evangélicos


“Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé” – Romanos 1.17.

A doutrina da justificação pela fé traz um grande alivio e
alegria para os filhos de Deus, pois através dela compreendemos que a nossa
salvação não depende das obras que fazemos ou deixamos de fazer, mas que provém
unicamente da graça de Deus, graça essa que nos justifica, perdoa, apaga os nossos pecados e nos
aceita como filhos.

O que é justificação?  Segundo o dicionário bíblico Vida Nova “justificar é um termo
jurídico que significa absolver ou declarar justo”. A justificação é o ato pelo
qual Deus, por Sua graça, perdoa nossos pecados e nos declara justos diante
dEle, mediante a nossa fé em Cristo Jesus
A justificação liberta o homem da culpa do pecado, trazendo a certeza de que foi aceito por Deus.
Aquele que é justificado por Deus
é absolvido da culpa e do castigo, não recebendo a imputação dos seus pecados,
pois Cristo como Cordeiro substituto, os levou sobre Si cravando-os na cruz. Dessa forma, Cristo
Jesus satisfez a justiça de Deus, sendo obediente até o fim (Fp 2.8; 2 Co 5.19;
Rm 4.25); Ele pagou a nossa dívida ( Cl 2.14) e contra nós, os que fomos chamados
segundo o decreto de Deus, já não resta uma gota sequer da ira divina.

Uma vez que fomos
justificados por Deus, já não resta mais nenhuma acusação contra nós (Romanos 8.1).
Como disse o apostolo Paulo: “Quem
intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem
os condenará? Cristo Jesus é quem morreu, ou antes quem ressurgiu dentre os
mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós’’

(Romanos 8.33,34). 

Destarte, já não há nenhuma condenação para aqueles que
estão em Cristo, para aqueles foram justificados por Deus

Somos justificados unicamente por
causa de Cristo. A total obediência de Cristo aos mandamentos de Deus é
imputada a nós, e por estarmos unidos a Ele, pela fé, somos considerados e
vistos como justos diante de Deus; mas isso não é porque somos justos, pois de
fato não somos, somos pecadores por natureza, merecedores da ira. Entretanto, Deus nos vê
como justos porque a justiça de Seu Filho, ou seja, a perfeita obediência de Cristo, é
atribuída a nós, eleitos de Deus.

Entendemos então que Deus só justifica o homem
por causa de Cristo. Sendo assim a justificação não se dá com base em méritos ou esforço
pessoal, mas unicamente com base naquilo que Cristo fez, sendo a justiça d’Ele a base da nossa justificação:
 ”Ele foi entregue à morte por nossos pecados e ressuscitado para nossa justificação” (Rm 4.25).

Não há nada que o homem possa
fazer para ser justificado por Deus. Portanto, realizações humanas, obras da
lei, indulgências, etc. são absolutamente inúteis para se alcançar o favor de Deus.
Como ensina o apostolo Paulo: não recebemos a justificação por cumprirmos as
obras da lei, mas sim pela fé em Cristo.

“Concluímos
pois que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei”.
(Romanos 3.28)

Vale ressaltar que não é a fé que
justifica o homem. A confissão Belga diz que a fé é o instrumento com que
abraçamos Cristo, nossa justiça. Se a fé fosse um elemento justificador, então
a justificação seria algo meritório. Mas não é assim. Quem justifica é Deus por
sua graça, e o meio pelo qual nos apropriamos da justificação é a fé. A nossa
fé em Cristo 
(essa fé não vem de nós, é dom de Deus) nos é imputada como
justiça.

A justificação não acontece
progressivamente, pelo contrário, é algo instantâneo e acontece apenas uma vez.
E não existe isso de mais ou menos justificado; ou o homem foi de uma vez
justificado por Deus, ou ele não foi justificado e permanece ainda debaixo da
ira de Deus
Aqueles a quem Deus escolheu de
antemão, a estes justificou:

“Porque os que
dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu
Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos; e aos que
predestinou, a estes também chamou; e aos que chamou, a estes também
justificou; e aos que justificou, a estes também glorificou” 
(Romanos 8. 29, 30).

O fato de Deus justificar os seus
eleitos não significa que eles não mais pecarão. Sim, eles correm ainda o risco
de caírem em pecado, mas eles nunca decairão do estado de justificação. Todavia,
ainda que pequem, Deus, como Pai que corrige seus filhos “visitará com a
vara a sua transgressão, e a sua iniquidade com açoites” (Sl 89. 32). Mas
Deus jamais retirará dos seus filhos a Sua benignidade, nem faltará com a Sua
fidelidade ( Sl 89.33).

“Somos feitos
verdadeiramente justos, como dissemos, pela fé em Cristo, só pela graça de
Deus, que não nos imputa os nossos pecados, mas a justiça de Cristo, e por
isso, ele nos imputa a fé em Cristo como justiça”.
(Segunda Confissão Helvética).

Por causa da justificação, temos
paz com Deus (Romanos 5.1), ou seja, não somos mais inimigos nem estamos
debaixo da Sua santa ira. Pelo contrário, agora somos filhos, reconciliados por
meio do Sangue de Cristo, participantes das bênçãos da salvação, e herdeiros da
promessa (Rm 8.17; Gl 3.29; Tt 3.7; Tg 2.5).
Agora que Deus perdoou nossos pecados e nos justificou, nem
mesmo o Diabo pode nos acusar. Não há ninguém no mundo, na terra ou céu, que
possa levantar acusação contra os eleitos de Deus (Rm 8.33). Se pecarmos, Cristo é o nosso advogado e o Seu sangue precioso nos purifica de toda injustiça. (1 Jo 1.7, 9).



Priscila Gomes

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